Psicóloga Clínica Especializada em Transtornos e Relacionamentos
5/8/20247 min read


COMO ESTÃO OS SEUS RELACIONAMENTOS?
Uma das queixas que mais têm surgido no consultório são as dificuldades que temos sentido em se relacionar com as pessoas. Relacionamentos familiares, afetivos, sociais e profissionais que aparecem com uma comunicação truncada, onde não existe troca. Os diálogos, as conexões se dão a um nível muito superficial. Raramente se fala dos sentimentos, das emoções, dos desejos, e são esses os aspectos que tem levado as pessoas a terem crise de ansiedade, crise de pânico, depressão e estresse. Estamos vivendo dias de isolamento social o que tem agravado a situação gerando muito desconforto.
Somos seres sociais, amorosos e precisamos dessas relações que envolvem o olho-no-olho, o abraço, o calor humano, o afeto, o diálogo e essa ausência tem provocado diversos sintomas desagradáveis que na sua maioria são desconhecidos e não identificados pelas pessoas que os tem.
As crianças e os adolescentes também têm sentido essas dificuldades. As diversas tecnologias e as redes sociais não substituem uma boa conversa, um abraço, um beijo e um “eu te amo”. Muitos casos de automutilação tem surgido nesse grupo, principalmente envolvendo meninas entre 13 e 16 anos. Os pais devem ficar atentos lidando com essa problemática com acolhimento e amorosidade. Procure a ajuda de um profissional para orientação.


ANSIEDADE
Combata a ansiedade!
Algumas ações podem ser aplicadas em momentos de picos de ansiedade, e outras rotineiramente, como um treinamento para a adoção de um novo estilo de comportamento diante das situações que aceleram a roda da ansiedade.
1. Contra-ataque com posturas e gestos que só se faz quando está tudo bem: forçar um sorriso largo no rosto; cantar com os olhos fechados; espreguiçar-se (alongamento).
2. Movimentar o corpo: realizar tarefas que exijam muitos movimentos; praticar exercícios físicos; dançar (mesmo sozinho (a).
3. Reavalie suas atividades: priorize compromissos com pessoas assertivas; prefira atividades onde não haja confrontos ou disputas; escolha atividades lúdicas, mais divertidas e menos competitivas.
4. Organize seus períodos de sono: durma por ciclos completos de 90 minutos e seus múltiplos: 180 minutos; 270 minutos; e assim por diante.
5. Espante seus monstrinhos: descubra por que motivo eles te incomodam e não dê mais oportunidade a eles, antecipe-se e assuma o controle.
6. Trace planos com objetivos realistas, especialmente quanto aos prazos: o importante é realizar e não o tempo ou a quantidade produzida, com a prática a eficiência evolui naturalmente.
7. Se mesmo com essas dicas ainda sentir que não consegue diminuir o nível da sua ansiedade e ainda apresenta algum desses sintomas:
· Sentimentos de nervosismo ou pânico
· Respiração acelerada ou falta de ar
· Aumento da frequência cardíaca
· Dificuldade para se concentrar
· Insônia
· Tensão muscular
Existem várias estratégias que podem ajudar a lidar com a ansiedade, incluindo:
· Técnicas de respiração: Aprender a controlar a respiração pode ajudar a reduzir alguns dos sintomas físicos da ansiedade.
· Exercício físico: A atividade física regular pode melhorar o bem-estar geral e reduzir o estresse.
· Meditação e mindfulness: Práticas de atenção plena podem ajudar a manter o foco no presente e reduzir a preocupação.
· Alimentação saudável: Uma dieta equilibrada pode contribuir para uma melhor saúde mental.
· Sono adequado: Manter uma rotina de sono regular ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade.
· Conversar com alguém: Compartilhar preocupações com amigos, familiares ou um terapeuta pode aliviar a ansiedade.
É importante lembrar que cada pessoa é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Se a ansiedade estiver afetando sua vida diária, é recomendável procurar ajuda profissional.
Depressão


Considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes.
De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade.
A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente.
A depressão é um transtorno comum que afeta significativamente a vida diária das pessoas. Caracteriza-se pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração. Além da tristeza, os sintomas incluem irritação, sensação de vazio, desesperança, baixa-autoestima, alterações no apetite, cansaço extremo e pensamentos sobre morte e suicídio.
Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.
Lembrando que a busca por ajuda profissional é fundamental para avaliação e tratamento adequados. Cuide da sua saúde mental e compartilhe suas dificuldades do dia-a-dia para espantar a tristeza sem fim da rotina.
Emergência Espiritual


A emergência espiritual é um fenômeno psicológico e espiritual em que a pessoa experimenta uma intensificação de processos internos relacionados à espiritualidade, à consciência e à identidade, que pode ser difícil de integrar e lidar no dia a dia. Embora possa ser um período de grande transformação e crescimento, a emergência espiritual pode, inicialmente, ser desorientadora e até mesmo confundida com crises psicológicas ou psiquiátricas.
A emergência espiritual pode incluir:
Experiências místicas: Estados alterados de consciência, sensação de unidade com o universo, ou visões espirituais.
Processos intensos de cura emocional: Emoções reprimidas podem vir à tona de forma abrupta.
Questionamento existencial profundo: Desafios às crenças pessoais, mudança de valores e busca por significado.
Fenômenos corporais: Sensações de energia intensa (como a "energia Kundalini"), tremores ou outros sintomas físicos inexplicáveis.
Conexões espirituais amplificadas: Maior sensibilidade a fenômenos espirituais ou paranormais.
O manejo da emergência espiritual requer uma abordagem que integre aspectos psicológicos, espirituais e físicos, com o objetivo de ajudar a pessoa a entender e integrar suas experiências.
1. Apoio Psicológico
Trabalhar com um psicoterapeuta que compreenda o fenômeno da emergência espiritual, preferencialmente com formação em abordagens transpessoais ou integrativas.
Identificar as causas e os gatilhos da crise (práticas espirituais intensas, traumas ou meditações profundas, por exemplo).
2. Apoio Espiritual
Buscar mentores espirituais ou líderes religiosos confiáveis que possam oferecer orientação apropriada.
Explorar práticas espirituais mais suaves ou adaptadas, como meditação guiada, preces ou leitura de textos inspiradores.
3. Integração Corpo-Mente
Bioenergética: Trabalhar as tensões corporais e promover a liberação de emoções reprimidas.
Yoga e respiração consciente: Regular o sistema nervoso e harmonizar o fluxo de energia. Mindfulness, práticas de atenção plena.
Atividades de ancoragem: Caminhadas na natureza, jardinagem ou outras práticas que promovam a conexão com o momento presente.
4. Rede de Suporte
Conectar-se a grupos de apoio ou redes dedicadas à emergência espiritual, onde experiências semelhantes possam ser compartilhadas.
Evitar o isolamento, que pode intensificar a sensação de desorientação.
5. Cuidados Médicos (se necessário)
Em casos graves, onde a pessoa apresente sintomas intensos de ansiedade, depressão ou psicose, pode ser necessário combinar intervenções médicas com abordagens espirituais e psicológicas.
IDOSOS
PSICOTERAPIA EM GRUPO
PSICOTERAPIA INDIVIDUAL
BENEFÍCIOS






A terceira idade, ou "50 mais", é uma fase da vida marcada por diversas mudanças e desafios que podem impactar a saúde mental. O processo psicoterapêutico pode desempenhar um papel crucial no auxílio a pessoas dessa faixa etária para manterem o bem-estar psicológico. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicoterapia pode ajudar, tanto em processos individuais quanto em grupos:
Psicoterapia em Grupo
Redução do Isolamento Social: Participar de grupos terapêuticos pode ajudar os idosos a se sentirem mais conectados e menos isolados, proporcionando um sentido de comunidade e apoio mútuo.
Compartilhamento de Experiências: Grupos permitem que os participantes compartilhem suas histórias e aprendam com as experiências dos outros, o que pode ser extremamente enriquecedor e curativo.
Desenvolvimento de Habilidades Sociais: A interação em grupo pode melhorar as habilidades sociais e a capacidade de comunicação, aumentando a sensação de pertencimento e a rede de suporte.
Promoção de Atividades Conjuntas: Grupos terapêuticos muitas vezes incluem atividades que promovem a saúde física e mental, como exercícios leves, meditação e jogos cognitivos.
Psicoterapia Individual
Apoio na Transição de Vida: Aposentadoria, perda de entes queridos, mudanças físicas e de saúde são comuns nessa fase. A psicoterapia pode ajudar os indivíduos a lidar com essas transições e encontrar novos significados e propósitos.
Tratamento de Transtornos Mentais: Depressão, ansiedade e outras condições são prevalentes na terceira idade. A terapia pode fornecer estratégias e técnicas para gerenciar esses transtornos.
Melhoria da Autoestima e Autoconfiança: Ajudar os idosos a reconhecerem suas conquistas e a desenvolverem uma imagem positiva de si mesmos pode ser fundamental para a saúde mental.
Gerenciamento de Doenças Crônicas: A psicoterapia pode auxiliar no manejo emocional de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e artrite, que são comuns nessa faixa etária.
Benefícios Gerais da Psicoterapia na Terceira Idade
Promoção do Envelhecimento Saudável: Ajuda os indivíduos a envelhecerem de forma ativa e saudável, mantendo a mente ativa e positiva.
Aumento da Qualidade de Vida: Melhorar o bem-estar mental tem um impacto direto na qualidade de vida, permitindo que os idosos aproveitem mais suas vidas.
Prevenção de Declínio Cognitivo: A terapia pode ajudar a manter a mente ativa, prevenindo ou retardando o declínio cognitivo.
A combinação de terapia individual e em grupo pode fornecer uma abordagem abrangente para apoiar a saúde mental na terceira idade, promovendo um envelhecimento mais saudável e feliz.